domingo, 23 de setembro de 2012

Resenha: A Passagem

Título original: The Passage
Autor: Justin Cronin
Sinopse: Primeiro, o imprevisível: a quebra de segurança em uma instalação secreta do governo norte-americano põe à solta um grupo de condenados à morte usados em um experimento militar. Infectados com um vírus modificado em laboratório que lhes dá incrível força, extraordinária capacidade de regeneração e hipersensibilidade à luz, tiveram os últimos traços de humanidade substituídos por um comportamento animalesco e uma insaciável sede de sangue. Depois, o inimaginável: ao escurecer, o caos e a carnificina se instalam, e o nascer do dia seguinte revela um país – talvez um planeta – que nunca mais será o mesmo. A cada noite, a população humana se reduz e cresce o número de pessoas contaminadas pelo vírus assustador. Tudo o que resta aos poucos sobreviventes é uma longa luta em uma paisagem marcada pelo medo da escuridão, da morte e de algo ainda pior. Enquanto a humanidade se torna presa do predador criado por ela mesma, o agente Brad Wolgast, do FBI, tenta proteger Amy, uma órfã de 6 anos e a única criança usada no malfadado experimento que deu início ao apocalipse. Mas, para Amy, esse é apenas o começo de uma longa jornada – através de décadas e milhares de quilômetros – até o lugar e o tempo em que deverá pôr fim ao que jamais deveria ter começado. A passagem é um suspense implacável, uma alegoria da luta humana diante de uma catástrofe sem precedentes. Da destruição da sociedade que conhecemos aos esforços de reconstruí-la na nova ordem que se instaura, do confronto entre o bem e o mal ao questionamento interno de cada personagem, pessoas comuns são levadas a feitos extraordinários, enfrentando seus maiores medos em um mundo que recende a morte.



   Num futuro bem próximo, um grupo de cientistas viaja à Colômbia e acaba encontrando um vírus que pode mudar a ideia de sociedade humana. Então, é iniciado o Projeto Noé. Noé, que viveu, ao todo, novecentos e cinquenta anos. 
   As cobaias nada mais são que prisioneiros condenados à morte, sem nada nem ninguém por que viver; o responsável por pegar essas cobaias é o agente do FBI Brad Wolgast, que, para a conveniência de seus superiores, perdeu uma filha quando esta era ainda um bebê. Que homem desse tipo não iria querer uma fórmula para viver eternamente?
   Com o tempo, assassinos e estupradores condenados (que foram transformados em estranhas criaturas semelhantes a vampiros) não são mais suficientes; o doutor Lear precisa de alguém com quem possa confirmar a ação do vírus. Precisa de uma criança. Precisa de Amy Bellafonte, que também não tem motivos para viver, abandonada pela mãe e praticamente órfã de pai.
   Porém, o agente Wolgast não gosta nada da ideia e, unido com seu companheiro, o agente Doyle, e Lacey Antoinette Kudoto, uma freira que diz ouvir a voz de Deus e afeiçoada de Amy, inicia uma jornada para proteger a menina, que no final é usada como cobaia. A única cobaia que trouxe sucesso ao Projeto Noé.
   Então, vem o pesadelo. Os Doze (as cobaias iniciais) inexplicavelmente fogem de sus celas e tomam o mundo. Logo, vampiros, ou palavra que se quisesse usar, estavam por toda a parte, matando humanos e animais.
   Quase cem anos depois do vírus, somos levados à Primeira Colônia, onde um grupo de sobrevivente foi inicialmente levado, e agora constitui numa pequena comunidade, que pensa ter sido abandonada pelo exército. 
   As baterias que mantêm as luzes acesas, porém, estão se esgotando. E, sem luz, os virai atacam.
   É nesse ambiente que Amy chega, provocando a esperança de um pequeno grupo de "amigos", o que os leva a tentar descobrir de onde ela veio e qual é o mundo que o Muro está escondendo há tantos anos.
   Se fosse definir "A Passagem", eu diria maçante, de certa forma; não maçante a ponto de querer abandonar o livro, mas acho que Justin tentou criar uma relação íntima de leitor-personagem. Mas, a não ser no caso de Peter, ele não conseguiu fazer isso comigo. Então, sim, a leitura muitas vezes se tornou cansativa e eu queria muito matar os outros personagens. Há momentos de suspense e há momentos de lutas, esses são emocionantes, principalmente no final, onde eles ficam mais frequentes. Por isso, apesar de ser cansativo pra mim, é um grande livro.
   Acho que a coisa mais bonita foi Amy, o modo como ela levava os outros a ter esperanças. E também como, apesar de tudo, todos acabaram percebendo que os virais no fundo era humanos, que já tiveram uma família, já tiveram sentimentos. Claro, também é uma boa história de vampiros, para uma amante como eu, ainda mais sendo tão bem elogiado por Stephen King. Então, eu recomento a todos que apreciarem uma história assim (maçante, mas com suspense e sobrenaturalidade)
   Também me fez pensar no "fim" do nosso mundo. Hoje, é muito, muito improvável que isso aconteça através de um vírus. Mas, será que estamos preparados pra uma coisa assim? Não apenas para detê-la, mas preparados... emocionalmente?
    "A Passagem" é o primeiro livro de uma trilogia, e o segundo volume "The Twelve" já foi lançado nos Estados Unidos, mas só nesse ano, então é provável que ainda demore um pouco pra chegar até o Brasil, ainda mais pelo sucesso estrondoso que fez/ está fazendo (isso foi sarcasmo, caso você não tenha sacado). Uma produção para o cinema já está em andamento pela Fox 2000, mas não tem nenhuma previsão de lançamento que eu saiba.

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