Título original: Fantasia
Ano de lançamento: 1940
Sinopse: A integração das grandes obras da música clássica com visuais extremamente criativos e originais da animação. São as seguintes composições que fazem parte do filme: Toccata e Fuga em Ré Menor, de Johann Sebastian Bach. Suíte Quebra-Nozes, de Peter Llich Tchaikovsky. O Aprendiz de Feiticeiro, de Paul Dukas. Sagração da Primavera, de Igor Stravinsky. Sinfonia Pastoral, de Ludwing Van Beethoven. Dança das Horas, de Almicare Ponchielli. Noite no Monte Calvo, de Modest Mussorgsky. E, Ave Maria, de Franz Schubert.
Fantasia é o terceiro longa de animação produzido pela Disney. Na década
de 1940, o estúdio passava por algumas crises devido a ocorrência da Segunda
Guerra Mundial; por isso, grande parte dos seus filmes da época são longas
compostos por vários segmentos, ou seja, vários curta metragens que contam
histórias isoladas mas se integram na ideia do filme. Fantasia foi o primeiro
deles.
O
filme é, principalmente, uma história da música. No início do filme o narrador
diz algo como “a interpretação deles não é de músicos propriamente ditos, o
que, para nós, é tanto melhor”. “Fantasia” reúne oito grandes clássicos da
música erudita, a maioria muito familiares, e os transforma, literalmente, em
pequenas histórias. As músicas são, assim, traduzidas em cores e imagens. A
ideia foi muito rejeitada pela crítica da época antes do lançamento do filme,
porque consideravam absurdo alguém querer transformar a música em imagens, com
sua própria interpretação. No fim, o filme também não conseguiu a visibilidade
do público. Mas acabou se tornando um dos maiores clássicos do Walt Disney
Animation Studios.
A
narrativa começa com a poderosa “Tocata e Fuga em Ré Menor”, de Johann
Sebastian Bach. Neste momento, as imagens ainda são um pouco abstratas. Vemos
apenas linhas em fundos coloridos seguindo a melodia; tais linhas dividem o
vídeo com os integrantes da orquestra, criando uma imagem de completo caos que
é, ao mesmo tempo, harmônico.
Não
vou começar a falar sobre todos os segmentos. As músicas estão listadas na
sinopse e os curtas podem ser encontrados isolados no You Tube (assim como o
filme completo). Portanto, vou falar dos que achei mais belos ou interessantes.
Terceiro segmento: O Aprendiz de Feiticeiro não é exatamente muito
interessante. A
música é muito divertida e poderosa e as imagens seguem
exatamente a melodia. O curioso, porém, é que essa é a primeira aparição de
Mickey Mouse num longa da Disney. Aqui, Mickey é o próprio Aprendiz de
Feiticeiro, que tenta experimentar os poderes de seu mestre sem poder
controlá-los. Uma historieta engraçada, com um dos personagens mais simpáticos
já criados, e uma música magnífica.
Quarto
segmento: Sagração da Primavera é uma música, digamos, variada. Uma das minhas
preferidas também. Quando Stravinsky a criou, disse que com ele queria exprimir
a vida humana. A Disney fez exatamente isso, recriando a evolução da Terra,
desde a explosão das galáxias e os primeiros micro organismos aquáticos até a
extinção dos poderosos dinossauros. O ataque do tiranossauro aos outros animais
é uma das melhores cenas do filme e a melhor passagem da música. Um segmento
belíssimo, que prende a atenção do espectador desde o primeiro momento.
“Fantasia”
é, provavelmente, um dos filmes menos conhecidos da Disney. Entretanto, nos
trás uma ideia belíssima. Transforma nossas melhores músicas em animações
maravilhosas e nos encanta com sua aparente simplicidade e por nos levar tão
facilmente em suas duas horas de duração.
Próxima parada: Dumbo, de 1941.
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