terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Top 5 - Melhores e piores livros lidos em 2012

   Não foram muitos livros em 2012. (E esse post era para ter ido ao ar no dia 1, mas tudo bem). E, assim como na minha vida, houveram altos e baixos, livros muito bons, livros ruins. Nada nunca é perfeito, felizmente ou infelizmente (aliás, perfeição não é um conceito relativo?). Mas, aqui, os cinco queridos e os cinco abortos de mentes improdutivas de 2012.



   Melhores livros - 
        O Pacto, Joe Hill - Conta a estória de Ig, um cara que sempre tentou fazer o bem e perdeu o amor de sua vida recentemente e, junto com ele, seu melhor e mais antigo amigo. Numa bela manhã, Ig acorda com chifres na cabeça e descobre que, sob o efeito deles, as pessoas que o veem lhe contam todos os seus pecados. Assim, Ig vai descobrindo o mal nas pessoas que ele conhece e o que abriga dentro de si próprio.

   Incarceron, Catherine Fisher - A prisão de Incarceron tem tantas alas, tantas pessoas que se desconhecem que parece um mundo inteiro; e é disso que seus prisioneiros estão convencidos, com exceção de Finn, O Que Vê Estrelas, um Nascido na Cela, que acredita ser do Exterior, e Gildas, um Sapiente que crê nas antigas histórias do grande Sapphique, que supostamente teria Fugido da Prisão centenas de anos antes. E, no Exterior, se encontra Claudia, que, mesmo assim, se econtra em sua própria prisão, sendo obrigada a um casamento arranjado, a um pai frio e tendo apenas seu tutor como amigo. Enfim, vou contar mais na resenha (li o livro recentemente) porque essa lista já vai ficar grande o suficiente.


   Abraham Lincoln - Caçador de Vampiros, Seth Graham-Smith - Misturando ficção com História, o livro conta parte da vida de Abe Lincoln, presidente dos Estados Unidos e responsável pelo fim da escravidão no país e, meio que consequentemente, da Guerra Civil. Mas todo esse cenário é misturado com uma política complicada entre vampiros do norte e do sul (que compram escravos para se alimentar deles). Isso ainda é complementado com o amigo, "conselheiro" e vampiro Henry. Um filme foi lançado em 2012, e é bem emocionante também.

   Feche bem os olhos, John Verdon - Um romance policial que tem como protagonista Dave Gurney, um detetive aposentado, mas que é convidado a investigar um caso curioso, bem semelhante ao seu último, que praticamente o levou a se aposentar (e relatado em "Eu sei o que você está pensando", que eu infelizmente ainda não li). O caso é impressionante e igualmente o é a inteligência revelada pelo criminoso no final do livro. E até envolve um assunto que me interessa, a psicologia/psiquiatria. O livro até me levou a decidir em qual área vou me especializar (muuuito futuramente, né): comportamento sexual.


   O Sonho de Eva, Chico Anes - Uma das poucas leituras nacionais desse ano, também envolve psicologia e um assunto que acho fantástico: os sonhos lúcidos. Acompanha Eva, que vê sua irmã morta e o filho sequestrado. Acontece que Anna (a dita irmã) trabalhava para uma grande empresa de tecnologia que planeja desenvolver um jogo capaz de nos fazer dormir e sonhar e, assim, poder jogar em nossos sonhos. Desconfiada de que a empresa e o game estejam envolvidos na morte da irmã, Eva viaja até o Japão na esperança de encontrar seu filho, se metendo em encrencas (que expressão infantil, não?) e descobrindo muito mais sobre a Yume (suposta empresa que desenvolve o jogo). O livro é uma prova de que a literatura brasileira está crescendo, abraçando novos assuntos, alcançando um número maior de pessoas e um público diferente também.

   Piores livros - 


   Estilhaça-me, Tahereh Mafi - Fiquei muito, muito, muito decepcionada com esse livro. E não por que criei expectativa (é verdade que a maioria esmagadora das resenhas na blogosfera literária foi positiva), ele simplesmente é ruim.Conta a estória de Juliette, uma garota com poderes especiais; na verdade, letais. Ela é capturada por um tirano que a pretende usar como arma e precisa fugir, com o grande amor da sua vida, é óbvio, um cara lindo, gentil, forte, adorável e completamente impossível. Primeiro, das 300 páginas do livro, 250 falam sobre Juliette e Adam, do amor perfeito deles e da garota lamentando por ser um monstro terrível. Uma verdadeira Bela, na verdade, me desculpem. É extremamente maçante, não tem nenhuma emoção, a não ser no final, quando ela descobre uma organização secreta, da qual não vou falar pra não soltar spoiler, claro. Tem até um triângulo amoroso despontando no meio. E, se eu considero algo digno de crítica e de completa falta de capacidade do escritor, uma abominação, uma coisa ridícula (principalmente quando colocado em evidência), isso é o triângulo amoroso. Sei que muita gente adora, mas infelizmente é minha opinião. Digo infelizmente por que acho que a tendência dos novos escritores é justamente criar esse tipo de situação. Enfim, uma pena.

   A Maldição do Tigre, Coleen Houck - Kelsey conta em primeira pessoa a sua aventura de encontrar um tigre, que na verdade é um homem (um lobisomem, só que tigre). Sabendo disso (bom, na verdade, ela descobre muito mais tarde), a garota viaja até a Índia para tentar quebrar a maldição; sim, porque há uma maldição! Há uma deusa, um fruto, labirintos, macacos malucos. E até tem certa aventura na segunda metade do livro, é emocionante em algumas partes. Mas, pra começar é narrado em primeira pessoa; e isso me faz odiar personagens que poderiam ser adoráveis (no caso, a Kelsey). E também tem um triângulo amoroso, ainda mais evidente do que em Estilhaça-me. Acontece que o dito tigre tem um irmão que foi amaldiçoado também; ela se apaixona pelos dois e tem até um complexo de inferioridade que faz com que ela "rejeite" o primeiro tigre (ou homem, sei lá). E é só isso o que estraga, de verdade; poderia ser uma estória incrível, e até tem uma avalanche de fãs aqui no Brasil, mas, sinceramente, não me convenceu nem um pouco.

   Fallen, Lauren Kate - Não queria colocar o livro na lista, porque na verdade eu o abandonei. E nem me lembro bem da estória. Envolve anjos caídos, triângulos amorosos, uma louca que coloca fogo no namorado e vai parar numa escola pra loucos; e, lá, é claro, ela encontra seu anjo caído (acho que o amor deles envolve séculos, mas não cheguei na parte onde isso é explicado) e mais um cara que também se atrai por ela. Nem um pouco parecido com Crepúsculo, e foi por isso que eu adorei. Tudo combinado com uma narrativa incrível em primeira pessoa, personagens maravilhosamente elaborados e um cenário muito convincente. Parabéns, Kate!


   Água para Elefantes, Sara Gruen - Jacob (com um sobrenome polonês do qual eu não me lembro e que eu não vou pesquisar) é um velho mofando num asilo, praticamente esquecido pela família. Um dia, um circo chega na cidade e ele começa a se recordar dos anos em que ele próprio trabalhou num circo: uma história emocionante que envolve seus dois grandes amores (sua esposa e uma elefanta), um idiota esquizofrênico (que não faz o menor sentido, já que esquizofrênicos geralmente são bastante calmos e esse cara é um babaca nervosinho). Mas, espera, eu disse emocionante? Ops, sacanagem isso. O livro é curto e a estória poderia até ser boa. Mas a leitura é maçante, e ainda fiquei com a impressão de que a Gruen tentou colocar umas lições de vida "nada a ver". Tudo isso junto com alguns incríveis relatos do Sr. Jacob no asilo. Realmente, foi uma grande decepção.

   Belle, Lesley Pearse - Tinha tudo para ser um livro incrível. Se passa em outra época, tem personagens interessantes, tráfico de pessoas e uma narrativa boa, apesar de um tanto pesada, o que não condiz muito bem com o livro, na minha opinião. Maas, sabe quando não acontece? E, na verdade, até tem motivos: a autora criou um certo parão de situações, o que tornou a estória meio previsível, e momentos que eram para ser super excitantes acabaram ficando apenas... não sei a palavra... talvez uma tentativa de levantar a estória (ainda assim, não é a expressão certa, porque sei que não foi essa a intenção da autora). E, também os cenários, que deveriam ser fascinantes ficaram cansativos, quase ridículos. E essa é minha única e pessoal opinião, porque sei que muitas (muitas) pessoas adoraram o livro. E eu também tinha tudo pra gostar. Simplesmente não aconteceu. 



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